Aconteceu ontem, na Assembléia Legislativa de São Paulo, a Audiência Pública pela Comissão da Verdade e Justiça, convocada pela Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado estadual, pelo PT, Adriano Diogo.
O Movimento ParaTodos marcou presença. O resgate da história do povo e estudantes paulistas é uma bandeira do nosso movimento. Temos direito a memória e a verdade. Um povo sem memória, dificilmente consolidará direitos, a liberdade e a democracia.
Uma de nossas propostas no 10 CONUEE, que rolou em Piracicaba (em breve mais informações no blog) é de que a UEE São Paulo tenha um Centro de Documentação e Memória do Movimento Estudantil Paulista. Vários estudantes, líderes estudantis foram sequestrados e assassinados pelo Estado, na ditadura militar, por sonharem e por lutarem por liberdade e democracia.
Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça. Queremos Comissão da Verdade e Justiça já!
Para ver fotos da audiência, acessem o álbum do facebook do deputado Adriano Diogo clicando aqui.
Leia abaixo, texto de nosso movimento sobre Direito a Memória e a Verdade.
Memória do Movimento Estudantil
Por Maíra Pinheiro, secretária-geral da UEE|SP pelo Movimento ParaTodos SP.
O Movimento Estudantil, ao longo da história recente do Brasil, esteve à frente das principais lutas democráticas. Dentre elas destacam-se desde a campanha “O Petróleo é Nosso” nos anos 30, a resistência à ditadura, o apoio às greves de 1979, o movimento pelas diretas e o “Fora Collor”.
A ideia da construção de uma Memória do Movimento Estudantil, tanto por meio da documentação da história oral a partir do registro de relatos daqueles que protagonizaram esses momentos históricos, como também pela efetivação de um direito à Memória e à Verdade.
A última gestão da UNE conquistou, a partir de relevante mobilização, o reconhecimento da responsabilidade do Estado Brasileiro pela destruição da sede da entidade, em um incêndio realizado durante o golpe militar de 1964. Durante a ditadura, a entidade foi alvo de violentas perseguições, tendo muitos de seus dirigentes sido torturados e mortos. Parte dessa história vem sendo resgatada e documentada recentemente, por meio de iniciativa de grupos autônomos e de órgãos governamentais como a Comissão de Anistia.
Deve, entretanto, partir também dos estudantes a iniciativa de recordar as lutas daqueles que nos precederam. Se hoje podemos minimamente exercer nossa liberdade de expressão, apesar dos vários entraves colocados às lutas dos movimentos sociais e populares, esse direito é fruto da luta de muitos que, antes de nós, deram a vida por essa causa. As entidades estudantis devem tomar para si a responsabilidade de buscar que essa história seja contada, inclusive para que ela nunca mais se repita.
Por Maíra Pinheiro, secretária-geral da UEE|SP pelo Movimento ParaTodos SP.
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